O júri congratula os candidatos e a organização. Um prémio desta natureza é importante. Concorrer implica coragem e algo muito importante: a capacidade de sonhar, mesmo em condições adversas. A literatura é uma arte peculiar: é baixa tecnologia (apenas caneta e papel), usa o mais quotidiano dos instrumentos e está acessível a todos nós. No entanto, essa facilidade é só aparente e torna-se por vezes prejudicial. Este júri acredita que um escritor só se faz mesmo se for um grande leitor. Ler os clássicos, ler os contemporâneos, em suma, ler os outros – ouvir as melhores vozes alheias para criar a nossa – é fundamental. É desconfortável ler textos a concurso que desconhecem regras básicas de pontuação e ortografia. Muitos destes textos melhorariam substancialmente se, tão só, o autor relesse o que escreveu. Dá trabalho? Dá. Mas é isso que a escrita é, também, sobretudo quando se quer «criativa» e «artística»: trabalho. Por vezes bastaria reler em voz alta o que escrevem, à procura do erro certo.
O erro certo: é disso que, para este júri, um escritor está à procura.
Parabéns aos concorrentes, parabéns ao LabJovem e votos de um futuro feliz.
Flávio Silva, natural da ilha do Faial, vive atualmente na China, onde se encontra a concluir os seus estudos em Mandarim e Literatura Chinesa na Universidade de Nanjing.
Leonardo Sousa nasceu e reside em Ponta Delgada. Publicou, em 2013, a obra "Há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida - colectânea de poemas e prosa poética"
Nascido em Ponta Delgada a 29 de Junho de 1979, Pedro Filipe Almeida Maia iniciou-se na escrita como letrista.
A ficção despertou depois, com “Bom Tempo no Canal” e “Capítulo 41”.
É também cronista no Jornal Terra Nostra com a rubrica “Pavilhão Auricular” e estudante de Psicologia.
Sou o José Soares, tenho 17 anos, nasci e vivo em Angra do Heroísmo na ilha Terceira e frequento o 12o ano do curso de Ciências e Tecnologias na Escola Secundária Tomás de Borba. Ler, escrever e ouvir música são vícios que cultivei desde novo, sendo que parte da inspiração que tenho me vem de grandes mestres da literatura, tais como Fernando Pessoa, Kafka, Orwell, Tolstoi, Nietzsche e Jim Morrison. A minha necessidade de escrever começou aos 16 anos como forma de me auto libertar de uma sociedade que cada vez menos me agradava tanto a nível político como artístico e também como forma de ser dono da barafunda literária que corre pela minha imaginação.