Memória Descritiva
Apenas Ser «Borboleta» A Lagarta rasteja morosamente, sem pressa, sem vergonha, sem objectivos, segue o seu instinto. Sem medos altera a sua forma para casulo e tece a seu destino com amor. Em paz transforma-se num ser leve de cores vibrantes, formas magníficas, de beleza incomparável a qualquer obra humana. A Lagarta, casulo, borboleta sempre foram o mesmo ser. A lagarta sempre teve o potencial, a beleza, a leveza, a serenidade e pureza da borboleta. Vive despreocupada em todo o seu percurso, confia na natureza e nunca esquece a sua origem e a sua divindade. A borboleta apenas vive, sem se preocupar com o dia de amanhã, vive o agora, como todos os elementos da natureza. Por outro lado, o ser humano esqueceu o ser natural e belo que é, vive apressado e agitado numa procura constante, recusa o agora para esperar pelo amanhã. Tenta alcançar aquilo que sempre possuiu. A beleza, felicidade, paz, prosperidade e divindade são inerentes ao nosso ser interior, foram esquecidas quando começámos a procurar no mundo exterior. Porque não sou uma borboleta? Vestiria a leve e elástica pele da lagarta (macacão), formaria o meu casulo (colete) e transformar-me-ia numa linda borboleta ( colete aberto). E seria feliz por apenas Ser…Borboleta.