Luís Alberto Bettencourt nasceu em Ponta Delgada, tendo muito cedo demonstrado a sua vocação para escritor de canções, aliando, de forma poética, ideias e harmonias que actualmente são reconhecidas a nível nacional.
Foi membro e fundador de diversos projetos, entre os quais os grupos Construção e Rimanço, tendo sido merecedor de diversos prémios e distinções. O jornalista e crítico Mário Correia cita, em Música Popular Portuguesa: “Bettencourt reflete uma abordagem musical e temática englobante e universalizante” (Construção).
A vida militar e o destino levou-o a viver no arquipélago dos Bijagós, onde curiosamente se aproxima da população nativa, partilhando com ela rituais étnicos que hoje são referências marcantes na sua música.
De regresso aos Açores, trabalha na televisão estatal, mantendo simultaneamente a sua condição activa de músico e compositor.
Em 1987, a partir de um texto de António Melo e Sousa, e a convite de Zeca Medeiros, compõe o tema “Chamateia”, hoje considerado uma referência da música açoriana contemporânea e gravada por mais de 25 formações musicais, tendo os cantores António Zambujo e Kátia Guerreiro interpretado esse tema nos seus concertos. Musicou também ,os temas “Boi do Mar” e “História de um Vulcão” de Victor Rui Dores
Com diversos projetos, realizou vários concertos nos Açores, Madeira, Lisboa, Porto, Gaia, Estados Unidos e Moçambique.
A sua música está perpetuada em diversos discos, CDs e bandas sonoras, como, por exemplo, “O Barco e o Sonho”, “Balada do Atlântico”, “Ilhas de Bruma”, “Os Últimos Baleeiros”, “A História de um Vulcão”, “Ilha dos Amores” (TVI), etc. O cd “ACUSTICO” é o seu mais recente projeto discográfico.
Na sua música, como na poesia, transpira a essência e o aroma das ilhas, onde o amor emerge num sentido de pura contemplação e alerta.Foi homenageado em 2007 tendo recebido o “Prémio Carreira e Prestígio” atribuído pelos “Prémios Açores- Musica” e mais recentemente recebeu a “Insígnia Autonómica de Reconhecimento” atribuída pelo Governo Regional dos Açores.
É membro da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), com mais de 80 obras registadas, e está representado em diversas colectâneas, entre as quais “XX Melodias, XX Poemas, XX Pinturas do Século XX” (Direcção Regional da Cultura), “L’Éxpedition de Jules Vernes” (editado em França), “7 Anos de Música” (RTP/A) e “Ilha dos Amores” (TVI).
A sua maneira de estar na vida faz dele um ser talhado para a diferença, para o impenetrável mundo da magia das palavras, cheias de conteúdos místicos, que repousam em apetecíveis acordes e harmonias de bom gosto.