Estudo prévio de uma moradia cujas exigências do cliente, passam pela simplicidade no desenho e organização de espaços, e na existência de um atelier de pintura.
A característica do terreno, um lote isolado por árvores e muros de pedra basáltica, de terreno plano e relvado na sua totalidade, as restrições impostas pelos regulamentos do PDM em termos de índices de construção para a zona onde se insere (Livramento : Ponta Delgada), e a simplicidade exigida pelo cliente, originaram um projecto simples, onde a transparência e luminosidade tomam conta de todos os espaços.
A moradia desenvolve-se linearmente, a partir da sua chegada ao terreno relvado, e sobreleva-se do mesmo. Uma rampa marca a posição de entrada, bem como o volume cego e em "consola", do espaço que deu origem ao Atelier, e que funciona também como elemento fronteira entre o exterior e interior.
O espaço destinado ao atelier, com altura dupla, permite o trabalho em telas de grandes dimensões, e a entrada de luz natural abundante, cuja intensidade é controlada pelas árvores de copa alta junto à moradia. À noite, a fachada de entrada transforma-se num quadro de luz abstracto, à medida e vontade do cliente, através de focos orientáveis, colocados aleatoriamente pela fachada.