Os ritmos marcam a essência vital, como o pulsar dum coração, metódico e reflectivo do seu ambiente. A necessidade do ser humano na criação dum ritual diário não é nada mais do que a expressão desses ritmos vitais. Assim, podemos dizer que o ser humano é uma criatura de hábitos e, como quem diz hábitos, diz rituais. Estes rituais que marcam dias, semanas, meses e anos são assim como o pulsar do coração, a diástole que criamos para marcar um tempo que nos é externo. E assim, seja onde seja que o mundo se apresente, o ser humano tentará ritmar rituais, pequenos ou grandes, que marcam o pulsar da sua vida. Actos como acordar, levantar e lavar os dentes são pequenas partes dum grande ritual que sem ele corremos o risco de perder a noção do tempo e espaço que nos rodeiam.